Escrevo e sempre escrevi, o faço por sentimentos maiores, por dúvidas e até por certezas. Não é uma hora, nem um momento é apenas todo o meu tempo, a cada piscada uma ideia nova, um mundo diferente. A cada suspiro uma nota, a cada segundo, pares ou ímpares, uma fotografia. Palavras soltas, frases aleatórias, memórias, realidade e alucinação. A melhor parte, claro, a alucinação, que não é só minha, é a dos outros também, e se misturam, e ficam alucinadas, e eu adoro. Uma loucura apaixonada num contexto sem censura, uma escrita perdida que encontra e que se deixa encontrar. Quero um papel em branco e uma caneta, se eu errar vou passar apenas um traço pra depois rir e chorar de meus rascunhos e bobagens. Preciso gritar todas as notas musicais de frente pra trás e de trás pra frente, ficar em silêncio e ouvir as milhões de vidas interligadas, sentir onde é escuridão e levar a luz. Escrever sobre o que não sei, contar minhas estórias mirabolantemente trabalhadas e inventadas com todo carinho para serem espalhadas, criar meus personagens, escolher o final para eles, pelo menos aqui posso comandar o destino. Um mundo mágico, o meu mundo mágico. Acho que posso até ver brilhinhos saindo das letras, e depois de pronto só uma leitura não me basta, quero ler quantas vezes eu o ver. Escrevo, sempre escrevi e pra sempre escreverei. Devia ter feito um blog antes :)

.nara.grilo.

.nara.grilo.