quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Rabiscando

Escrevo e sempre escrevi, o faço por sentimentos maiores, por dúvidas e até por certezas. Não é uma hora, nem um momento é apenas todo o meu tempo, a cada piscada uma ideia nova, um mundo diferente. A cada suspiro uma nota, a cada segundo, pares ou ímpares, uma fotografia. Palavras soltas, frases aleatórias, memórias, realidade e alucinação. A melhor parte, claro, a alucinação, que não é só minha, é a dos outros também, e se misturam, e ficam alucinadas, e eu adoro. Uma loucura apaixonada num contexto sem censura, uma escrita perdida que encontra e que se deixa encontrar. Quero um papel em branco e uma caneta, se eu errar vou passar apenas um traço pra depois rir e chorar de meus rascunhos e bobagens. Preciso gritar todas as notas musicais de frente pra trás e de trás pra frente, ficar em silêncio e ouvir as milhões de vidas interligadas, sentir onde é escuridão e levar a luz. Escrever sobre o que não sei, contar minhas estórias mirabolantemente trabalhadas e inventadas com todo carinho para serem espalhadas, criar meus personagens, escolher o final para eles, pelo menos aqui posso comandar o destino. Um mundo mágico, o meu mundo mágico. Acho que posso até ver brilhinhos saindo das letras, e depois de pronto só uma leitura não me basta, quero ler quantas vezes eu o ver. Escrevo, sempre escrevi e pra sempre escreverei. Devia ter feito um blog antes :)



.nara.grilo.

2 comentários:

Renan Ramos disse...

E assim você vai escrevendo o seu presente sabendo que o que você escreve hoje se refletirá em seu futuro, é esse o poder da sua escrita, pois até certo ponto ela é a sua parcela de controle do destino.

Escrever é uma forma de se conhecer, de se perceber, uma forma de olharmos sob um ponto de vista diferente a nós mesmos, uma bela forma de reflexão. Só conhecemos outro alguém a medida que conhecemos a nós mesmos e nos conhecemos mais quando nos deixamos levar pela escrita.

As palavras não foram fetas apenas para serem lidas apenas uma vez, e cada leitura sempre trás novas informações que antes nossos olhos não enxergaram. Sorte que a leitura não gasta a letra!!

Kauana Resende disse...

E no fim sublima tudo, flor!
Sim! É terapeutico, abre novos horizontes, reflete sua perspectiva, maturidade ou imaturidade e semeia sentimentos de todas as espécies em tantos corações que às vezes só precisavam ler certas coisas e nem sabiam e se sabiam eram inconscientes e estes sublimam também! Lendo! Olha que mágico?! Haha! Desculpa, é que hoje estou nessa onda de apenas jogar palvras de um subconsciente difuso. Fez bem mesmo em fazer um blog ;D
=**