sábado, 5 de dezembro de 2009

Sua



minha arte pode ser simples, pode ser complexa, mas não sou eu quem a chamo assim, é você; e não importa como, basta que ela não passe sem efeito, sem te deixar um sentimento ou uma vontade.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

lembrete



Já não sempre escrevo o que penso, mas sempre penso no que escrever. Não me esqueci das palavras, só parei de deixá-las saírem a toda hora. Os sentimentos sempre foram minhas inspirações, e ainda são, mas agora estão contidos para não me atrapalharem. Com certeza voltarei, pois não vivo sem essas fugas, mas por enquanto continuarei contida. Atenciosamente, .nara.grilo.

sábado, 8 de agosto de 2009

Estrela do mar era estrela do céu que caiu


Estrelas que hoje enfeitam meu quarto e meu caderno, que formam um tapete enquanto eu caminho; estrelas que escutam meus sonhos, que fazem meus sonhos; única e primeira estrela que recolhe meus desejos e me dá esperança. Quem te fez assim? tão perfeita pra mim...
Mística, brincalhona, quente, fria, pisca, não pisca; gosto de você do jeito que está, tão longe e tão perto. Querendo te tocar é que eu cresço, indo ao teu encontro eu aprendo a andar, rindo você brilha mais, chorando eu quase não te vejo.
Pisca pisca estrelinha, lá de longe a me encantar, vai vivendo, vou vivendo, até Deus nos chamar.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Você pra mim.

Na tua respiração, me senti viva.

Nos teus braços, eu não senti mais medo.

Em teus olhos, encontrei uma luz que não produz sombras.

Nos teus lábios, eu parei de contar o tempo.

Em tuas mãos, deixei meu coração.

E ao seu lado, aprendi o que era eterno.

Um segundo


A vida passa mais rápido do que possamos imaginar, as pessoas que mais amamos são tiradas de nós quando menos esperamos e no fim a única coisa que não queremos pensar é: eu queria ter vivido mais. E quando será o fim? Não posso contar, se não, estraga a surpresa. Sabe como é... as fotos espontâneas sempre são melhores.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

?


Sinto como se eu esperasse por algo que não vai acontecer, como se todas as minhas verdades fossem uma farsa, como se minhas atitudes, em vez de sinceras, se portassem como armaduras para que nada possa me atingir. Olho em volta mas nada parece ser real, como se tudo já estivesse programado para acontecer daquele jeito, como se não estivesse ao meu alcance mudar o meu destino. Sinto uma impotência nos meus verbos, ruídos em minhas canções e pedras pontudas na minha estrada. Desço escadas íngremes e sem corrimão, subo ladeiras sem trilhas, entro na mata fechada. Talvez eu queira me perder.

sábado, 11 de julho de 2009

Dois dos maiores erros da humanidade.


E dois dos maiores erros da humanidade com certeza são a pressa ante o tempo e a lentidão ante uma oportunidade.

Queremos as coisas e não suportamos esperar por elas, queremos agora. Terminar a faculdade e já ser admitido num trabalho de poucas horas e muito dinheiro. Terminar um namoro e no dia seguinte encontrar alguém que te faça muito mais feliz do que o último. Plantar uma muda e ver que ela já tem meio metro no dia seguinte. Esperar parece tedioso e sem graça, não combina com nossa nova realidade.

Eis que um dia aparece algo que não é tão bom quanto esperávamos, mas também é muito melhor que nada, então temos duas escolhas: aceitar e ver até onde nos leva ou recusar na esperança de aparecer algo melhor. Não é fácil. Medimos, pesamos, supomos, imaginamos, mas nada pode nos dar certeza. Quando enfim escolhemos um caminho ainda ficamos de olho no outro lado para que, se for melhor, possamos mudar rapidamente.

Seria melhor que não tivéssemos medos, que conseguíssemos nos entregar a uma situação de tal maneira que nem quiséssemos saber de olhar para os lados, mas talvez assim não tivesse graça e com certeza estaríamos na espécie errada.


.nara.grilo.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O jantar


Piscava lentamente enquanto segurava a cabeça com a mão, e a mão com o braço, e o braço com a mesa. Queria sair dali e ir para o seu quarto, lá ele se sentia bem. Teve que ouvir a voz grave e meio rouca do pai por só algumas vezes, mas sua tia com a voz estridente não parou cedo. Olhou para a mãe que fez um sinal para que ele se emposturasse. Respirou fundo e recolheu a ordem. Já não tinha comida no prato, então para que ficar ali escutando sobre o que não estava interessado? "É importante você estar antenado e saber das notícias que rodeiam o mundo, meu filho." Tá certo, para ouvir melhor vou deixar as duas orelhas abertas, meu olhar parado e vou sonhar.

.nara.grilo.

sábado, 4 de julho de 2009

...

Derrepente esse mundo girou rápido demais e eu não consegui acompanhar,

Ou eu dormi e não vi o tempo passar.

Devo ter esquecido de olhar em volta por algumas horas,

Ou talvez me deixaram de propósito.

Nunca vou saber e nem quero.

Só sei que voltei aos eixos, agora revolucionada,

não mais procuro, prefiro ser encontrada.

Vi muitas coisas, mas com os giros tudo mudou,

inclusive o meu eu interior.

O que vou fazer agora é me mudar para a praia,

vender cocos e não me preocupar com mais nada!



.nara.grilo.

domingo, 28 de junho de 2009

>/

Sinto fogo nas veias, o coração pulando forte e apertado, o rosto esquentando, todos os músculos enrigecendo. Mais uma palavra e eu grito, mais um não e eu desisto de vocês, mais um olhar de 'você não me atinge' e eu encerro tudo. Por lado até te agradeço, é por causa dessa raiva que eu fiz e faço coisas que nunca penssava em fazer. É essa raiva que me faz querer cada vez mais me esforçar para não precisar de você pra nada. Obrigada. Por outro gostaria de te jogar palavras malditas e sinceras, aquelas que você nunca imaginou que eu te falaria. Mas não o farei. Talvez por medo de que me venha em dobro ou sei lá o que. Não consigo pensar em nada. Quero socar alguma coisa, quero aparecer sangrando na sua frente, quero aparecer drogada, quero te dar um susto. Quero que você tenha saudades de quando eu te falava tudo, de quando eu confiava em você, de quando eu me esforçava para te deixar feliz. Grrrr. Você me dá arrepios de ódio quando faz isso. Dores de cabeça malígnas. Pensamentos ruins, muito ruins, tanto pra você quanto pra mim. CHEGA! não suporto mais.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Saí de casa.



Eu conhecia todos os cantos, todos os becos, todas as pedras, cada gota d'água. Sempre que tinha fome a comida caía do céu, sempre limpinho e brilhante. Era um lugar pequeno, mas com todos aqueles cuidados eu nem reparava nisso. Estava bem.

Um dia começou a ficar tudo mais agitado, me deparei com um lugar grande, que eu não conhecia, mas já ouvira falar. Era tudo novo e empolgante, novos cantos, novos becos, pedras, e principalmente novas águas. A comida já não vinha tão fácil, mas comecei a saboreá-la melhor. Passei a cuidar para nada sujar, quebrar ou bagunçar, e ficava tudo brilhante e limpinho do jeito que eu vivia. Era um lugar grande, tinha estranhos e comuns, queria ver e conhecer tudo que me apresentavam, nunca tinha tido essa oportunidade antes. Era difícil, mas sem dúvidas muito melhor que naquele aquário.


.nara.grilo.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Rabiscando

Escrevo e sempre escrevi, o faço por sentimentos maiores, por dúvidas e até por certezas. Não é uma hora, nem um momento é apenas todo o meu tempo, a cada piscada uma ideia nova, um mundo diferente. A cada suspiro uma nota, a cada segundo, pares ou ímpares, uma fotografia. Palavras soltas, frases aleatórias, memórias, realidade e alucinação. A melhor parte, claro, a alucinação, que não é só minha, é a dos outros também, e se misturam, e ficam alucinadas, e eu adoro. Uma loucura apaixonada num contexto sem censura, uma escrita perdida que encontra e que se deixa encontrar. Quero um papel em branco e uma caneta, se eu errar vou passar apenas um traço pra depois rir e chorar de meus rascunhos e bobagens. Preciso gritar todas as notas musicais de frente pra trás e de trás pra frente, ficar em silêncio e ouvir as milhões de vidas interligadas, sentir onde é escuridão e levar a luz. Escrever sobre o que não sei, contar minhas estórias mirabolantemente trabalhadas e inventadas com todo carinho para serem espalhadas, criar meus personagens, escolher o final para eles, pelo menos aqui posso comandar o destino. Um mundo mágico, o meu mundo mágico. Acho que posso até ver brilhinhos saindo das letras, e depois de pronto só uma leitura não me basta, quero ler quantas vezes eu o ver. Escrevo, sempre escrevi e pra sempre escreverei. Devia ter feito um blog antes :)



.nara.grilo.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Só mais uma idade?

- '18 anos é só mais uma idade'.

De repente você se vê no ensino médio, com uns 15 anos e cheio de expectativas, sonhos e euforia pra essa nova fase um pouco mais adulta da sua vida. Mata um pouco da sua inocência e vê como as pessoas podem ser más, como pensam diferente uma das outras, como algumas podem querer ir tão na contra mão. Parece que a morte anda mais perto e que a curiosidade ficou mais aguçada. E a cada coisa que aparece, cada oportunidade que te apresentam, você vai aceitando, recusando ou ignorando, e assim vai moldando seu caráter. É a época em que mais se muda, tanto por fora quanto por dentro. A bebida já é comum, as drogas um segredo, e sexo o assunto. Tudo é festa. Você se vê saindo de carro com seus amigos e não com seus pais. Saindo com as amigas maquiadas, perfumadas e com bojo. Saindo com os amigos de gel, perfumados e com a cueca pra fora da calça. Quem fica com mais, quem pega melhor, como é. E a vida é vivida meio na loucura, meio um tiro no escuro. Até que a responsabilidade vai pesando, a preocupação de ser o último ano e você não saber o que vai fazer depois é como estar numa beirinha, como se a linha tivesse acabado. Responsabilidade já é uma exigência, e que vai se firmar com os 18 anos, quando então, perante a lei, você já responde pelos próprios atos.

- 'Com 18 anos eu posso comprar bebida, dirigir e entrar onde eu quiser.'
- 'Nada do que você já não faça'

Isso me deixou pensativa...

.nara.grilo.

sábado, 31 de janeiro de 2009

Maturidade

Nunca vi uma porta fazer tanto barulho ao ser fechada, mas nem olhei.
Uma tentava falar mais alto que a outra, enquanto eu tentava ser surda.
Acho que são 25 anos de diferença, e quanta diferença!!!
De um lado a experiente, do outro a rebelde.
A responsável, a que se considera responsável.
A inteira, a furada e colorida.
Mas nem sempre era assim, o circo só era armado quando elas se falavam.
Uma queria falar, mas não admitia ouvir uma contradição.
A outra não queria falar, mas só contradizia.
Eu ficava quieta, não tinha tamanho pra segurar. Acho que não disse nada por uns 2 anos.
Uma estava sempre tentando arrumar a casa e a vida, tentando trabalhar sem se estressar.
A outra vivia trancada no quarto, ouvindo músicas que ela nem sabia o significado.
Nessas horas eu também não falava nada, só tentava fazer a outra me enxergar. E as vezes conseguia, mas o orgulho era maior e acabava me tampando.
Quando uma não estava arrumando a casa, estava no trabalho.
Quando a outra não estava no quarto, estava na casa de uma amiga fazendo 'trabalho'.
Queria ter entrado em ação antes, mas como já disse: eu não tinha tamanho.
Enquanto isso tantas coisas aconteciam, coisas que nunca imaginei ouvir ou ver.

Nem sei muito bem como, mas derepente eu me vi um pouco maior e fui crescendo a cada dia, a cada sorriso, a cada abraço e a cada 'EU TE AMO'.
Acho que o dia que mais cresci naquele ano foi no dia das mães.
Agora sinto que estou num bom tamanho, pelo menos num tamanho suficiente para tomar decisões, enfrentar problemas e reconhecer o errado e suas consequências.
As brigas quase acabaram, mas as diferenças mudaram, agora uma calça 36 e a outra 37.
Uma tem cabelo liso e a outra, cacheado.
Uma tem um gosto e a outra é o oposto.
Mas não importa, porque agora as duas vestem tamanho M e podem contar uma com a outra.

.nara.grilo.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Dias quase sem chuva.



É sempre nesses dias chuvosos que a gente costuma lembrar das coisas, das pessoas, dos lugares. Sempre nesses dias as cores não tem tanta cor, as alegrias não tem tanta alegria e as pessoas... ahh, as pessoas.

Os dias de chuva trazem e levam os pensamentos, podem fazer você suspirar por estar com alguém ou chorar por não ter ninguém. A chuva pode ser vista como tristeza, lembra as lágrimas. Pode ser vista como alegria, lembra as lágrimas.

"A chuva lava a alma" - Tantas vezes já escutei isso, mas pra mim nunca funcionou. Só piorou. A chuva lava alma só se ela não estiver muito suja, caso contrário ela faz grudar mais sujeira.

Queria estar sempre de alma limpa, para a chuva cair como véu, para sentir melhor o perfume das flores, as cores do mundo, pelo menos as do meu mundo. É difícil, quando se está sujo, ver o brilho e limpeza dos outros e não ter inveja, não querer estar daquele jeito sem nenhum esforço. Aí vem a chuva e finca sucessivas gotas de água na pele.

Mas parece que alguém me trouxe um guarda-chuva :)

.nara.grilo.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

(L).


Riram tanto que caíram na grama e sem querer, mas inconscientemente querendo, caíram perto um do outro. Por alguns segundos ele só conseguia olhar naqueles "olhos de mar de ressaca"....

- Se chegar mais perto vai ver meus defeitos.
- Só de serem seus já não me importo de serem defeitos.
- Queria estar com você mais vezes...
- Queria ficar com você pra sempre.




sábado, 10 de janeiro de 2009

.brincadeira.

É sempre assim:
Quando achamos que já temos todas as respostas,
vem a vida e muda todas as perguntas.
Não tem como fugir, nem tentar impedir. A graça é você não saber as respostas.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Novo

Novamente novo, novas promessas, novos planos, nova vida, vida nova, novo amor, louco amor, doce amor, novas metas, novos desejos, novos caminhos, novas vontades, diversidade. Sonhos, ahh os sonhos... quem sabe nesse ano virem realidade, nada é impossível para essa nova fase; e um segredo: você não precisa de uma virada de ano para virar sua vida. Cada minuto é um minuto novo, cada palavra mil interpretações, cada escolha um destino diferente. Que 2009 venha com todas as cores, amores e flores mandados pra ele!

.nara.grilo.

Sumi

Sumi porque só faço besteira em sua presença, fico muda quando deveria verbalizar, digo um absurdo atrás do outro quando melhor seria silenciar, faço brincadeiras de mau gosto e sofro antes, durante e depois de te encontrar. Sumi porque não há futuro e isso não é o mais difícil de lidar, pior é não ter presente e o passado ser mais fluido que o ar. Sumi porque não há o que se possa resgatar, meu sumiço é covarde mas atento, meio fajuto meio autêntico, sumi porque sumir é um jogo de paciência, ausentar-se é risco e sapiência, pareço desinteressado, mas sumi para estar para sempre do seu lado, a saudade fará mais por nós dois que nosso amor e sua desajeitada e irrefletida permanência.