domingo, 28 de junho de 2009

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Sinto fogo nas veias, o coração pulando forte e apertado, o rosto esquentando, todos os músculos enrigecendo. Mais uma palavra e eu grito, mais um não e eu desisto de vocês, mais um olhar de 'você não me atinge' e eu encerro tudo. Por lado até te agradeço, é por causa dessa raiva que eu fiz e faço coisas que nunca penssava em fazer. É essa raiva que me faz querer cada vez mais me esforçar para não precisar de você pra nada. Obrigada. Por outro gostaria de te jogar palavras malditas e sinceras, aquelas que você nunca imaginou que eu te falaria. Mas não o farei. Talvez por medo de que me venha em dobro ou sei lá o que. Não consigo pensar em nada. Quero socar alguma coisa, quero aparecer sangrando na sua frente, quero aparecer drogada, quero te dar um susto. Quero que você tenha saudades de quando eu te falava tudo, de quando eu confiava em você, de quando eu me esforçava para te deixar feliz. Grrrr. Você me dá arrepios de ódio quando faz isso. Dores de cabeça malígnas. Pensamentos ruins, muito ruins, tanto pra você quanto pra mim. CHEGA! não suporto mais.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Saí de casa.



Eu conhecia todos os cantos, todos os becos, todas as pedras, cada gota d'água. Sempre que tinha fome a comida caía do céu, sempre limpinho e brilhante. Era um lugar pequeno, mas com todos aqueles cuidados eu nem reparava nisso. Estava bem.

Um dia começou a ficar tudo mais agitado, me deparei com um lugar grande, que eu não conhecia, mas já ouvira falar. Era tudo novo e empolgante, novos cantos, novos becos, pedras, e principalmente novas águas. A comida já não vinha tão fácil, mas comecei a saboreá-la melhor. Passei a cuidar para nada sujar, quebrar ou bagunçar, e ficava tudo brilhante e limpinho do jeito que eu vivia. Era um lugar grande, tinha estranhos e comuns, queria ver e conhecer tudo que me apresentavam, nunca tinha tido essa oportunidade antes. Era difícil, mas sem dúvidas muito melhor que naquele aquário.


.nara.grilo.