sábado, 11 de julho de 2009

Dois dos maiores erros da humanidade.


E dois dos maiores erros da humanidade com certeza são a pressa ante o tempo e a lentidão ante uma oportunidade.

Queremos as coisas e não suportamos esperar por elas, queremos agora. Terminar a faculdade e já ser admitido num trabalho de poucas horas e muito dinheiro. Terminar um namoro e no dia seguinte encontrar alguém que te faça muito mais feliz do que o último. Plantar uma muda e ver que ela já tem meio metro no dia seguinte. Esperar parece tedioso e sem graça, não combina com nossa nova realidade.

Eis que um dia aparece algo que não é tão bom quanto esperávamos, mas também é muito melhor que nada, então temos duas escolhas: aceitar e ver até onde nos leva ou recusar na esperança de aparecer algo melhor. Não é fácil. Medimos, pesamos, supomos, imaginamos, mas nada pode nos dar certeza. Quando enfim escolhemos um caminho ainda ficamos de olho no outro lado para que, se for melhor, possamos mudar rapidamente.

Seria melhor que não tivéssemos medos, que conseguíssemos nos entregar a uma situação de tal maneira que nem quiséssemos saber de olhar para os lados, mas talvez assim não tivesse graça e com certeza estaríamos na espécie errada.


.nara.grilo.

3 comentários:

Renan Ramos disse...

Ainda maior que este é o erro do julgamento. Vivemos julgando tudo aquilo que com que entramos em contato, e por julgar acabamos por ter pressas e receios. Vivemos incertamente, pois não é de certezas que esse mundo é feito e é disso que vem todo o medo e é por isso que tanto julgamos na ilusão de assim ter um pouquinho mais de certeza.

E por temer a incerteza, lutamos contra essa, esquecidos de que ela é parte da essência dessa realidade, e por sê-lo, não pode ser vencida, deve é ser compreendida.

O que são as oportunidades se não uma incerteza da qual gostamos? Não é a toa que também causam tanto medo.

E então cheios de medo, julgamos, vamos tirando conclusões que não são tão certas como fazemos que seja e por isso acabamos por não entender e decepcionar-nos com nossa própria inconstância.

Não sendo capazes nem mesmo de entender aquilo que nos move a julgar algo como melhor ou pior, passamos a tentar julgar outras pessoas e buscar entender o que as move e o que as faz decidir se aquilo é belo ou feio, confundido aquilo que somos com aquilo que julgamos que sejam.

Quanto se julga, menos se erra.

Lorena Alves. disse...

por alguns minutos queria estar na espécie errada!

Limão disse...

Faz reflectir... Gostei especialmente do segundo parágrafo!

beijinho